O significativo aumento nos preços de insumos e a dificuldade cada vez maior de obtenção de matérias-primas básicas para a construção civil, como aço, concreto, materiais elétricos, tijolos e outros itens, pode provocar uma paralisação em obras públicas em andamento e programadas para terem início em breve.
O alerta é do Sinduscon Paraná Oeste (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná Oeste), amparado nos efeitos colaterais de impacto econômico surgidos após a pandemia e que se agravaram nos últimos meses.
De acordo com o engenheiro civil Ricardo Parzianello, segundo vice-presidente do Sinduscon Paraná Oeste, o “apagão” nas obras públicas é iminente e causará danos irreversíveis para todos. “O setor da construção civil já emitiu o sinal de alerta, informando os poderes públicos federal, estadual e municipais, bem como as empresas estatais, sobre a necessidade de promover reequilíbrios econômico-financeiros”, observa Ricardo Parzianello. “São várias empresas enfrentando dificuldades extremas para honrar compromissos firmados”, destaca. “O aumento no preço de insumos gera insegurança, em especial para os contratos em andamento”, afirma.
O índice que mede o movimento dos custos de construções habitacionais, o INCC teve alta histórica em 2020.
“Os aumentos têm sido surpreendentes e a consequência disso é muito ruim. Provoca um desequilíbrio nos contratos de obras públicas, nos contratos industriais, nos lançamentos imobiliários que estão previstos para acontecer e nos que já estão em andamento. Em um momento em que é preciso gerar emprego, renda e fazer girar a economia, isso é um perigo” avalia.
As maiores influências no aumento dos custos com materiais e equipamentos apenas em fevereiro/2021, conforme o INCC/FGV foram:
– Vergalhões e arames de aço ao carbono (21,34%)
– Tubos e conexões de ferro e aço (11,56%)
– Tubos e conexões de PVC (7,39%)
– Tijolo/telha cerâmica (2,57%)
– Condutores elétricos (3,78%)
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