Diante da ausência de um tratamento eficaz para se combater a pandemia do novo coronavírus e ainda sem uma tendência de desaceleração da doença no curto prazo, avança a incerteza de como será a recuperação da economia no País. Neste cenário, segundo a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, as estimativas de desempenho mostram números cada vez mais preocupantes, como a piora observada na projeção da economia brasileira em 2020, divulgada hoje (22) pelo Banco Central.
De acordo com a pesquisa Focus, realizada junto a analistas do mercado financeiro, o Produto Interno Bruto (PIB) do País encerrará este ano com retração de 5,89%.
Esta é a 15ª semana consecutiva em que as projeções para esse indicador se deterioraram. Caso confirmado, este será o pior resultado para o PIB Brasil desde o início da sua série histórica, em 1901. Além disso, “levará a economia nacional a registrar a pior década dos últimos 120 anos, com resultado médio anual do PIB de -0,01%.”, diz Vasconcelos
Em relação às expectativas para o PIB Brasil em 2020, a economista lembra que o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta queda de 5,3% e o Banco Mundial -5%. Para a economia mundial o FMI estima retração de 3%.
“Neste ambiente, cabe ressaltar a importância de setores estratégicos para a economia nacional, como a construção civil. Responsável por mais de 40% dos investimentos no Brasil, o setor possui mais de seis milhões de pessoas ocupadas e é o responsável por construir as bases sólidas para o desenvolvimento nacional. O Brasil precisa estar atento as oportunidades que esse setor proporciona, haja vista a carência habitacional e de infraestrutura existentes”, ressalta.
Veja a íntegra da avaliação da economista Ieda Vasconcelos no Informe Econômico.
Fonte: Agência CBIC – 26/05/2020
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