G8 apoia atualização da tabela do IR, mas repudia qualquer aumento de impostos que ameace o capital de giro das pequenas e médias empresas
O G8, que reúne as principais entidades representativas do setor produtivo de Cascavel, manifesta-se de forma contrária à proposta do governo federal de compensar o reajuste da tabela do Imposto de Renda para pessoas físicas com a criação de novas alíquotas sobre empresas.
O grupo reconhece a importância social da atualização da tabela, aguardada há anos e que representa alívio para milhões de brasileiros. No entanto, considera inaceitável que esse benefício seja custeado às custas do aumento de impostos sobre quem produz, emprega e movimenta a economia. Não se pode corrigir uma distorção penalizando justamente o setor responsável por gerar desenvolvimento, oportunidades e distribuição de renda, como, infelizmente, sucessivamente acontece no País.
As empresas brasileiras já enfrentam uma das maiores cargas tributárias do mundo e convivem com um sistema burocrático, complexo e oneroso, que desestimula investimentos e compromete a eficiência e a competitividade. A criação de novos tributos ou o aumento de alíquotas apenas agravam esse panorama, reduzindo a capacidade de crescimento das empresas e ampliando o risco de retração econômica.
Nas pequenas e médias empresas, o lucro é o que garante o capital de giro para manter as operações, pagar salários e sustentar investimentos. Esses recursos são continuamente reinvestidos no próprio negócio, muitas vezes substituindo o crédito bancário, que é caro e de difícil acesso. Tributar esse resultado é retirar a principal fonte de fôlego financeiro do setor produtivo, medida que pode inviabilizar milhares de empresas, reduzir postos de trabalho e comprometer a continuidade de atividades essenciais à economia brasileira. As pequenas e médias empresas são responsáveis por mais de 65% dos empregos gerados no País.
O Brasil precisa de medidas que fortaleçam o ambiente de negócios e estimulem a produtividade, e não de mais impostos. O verdadeiro caminho para o equilíbrio fiscal está na eficiência administrativa, no planejamento responsável e no controle rigoroso dos gastos públicos. A boa gestão dos recursos e o combate ao desperdício são soluções sustentáveis, que beneficiam toda a sociedade e promovem o desenvolvimento de forma justa e equilibrada.
Ao insistir em ampliar a carga tributária sobre o setor produtivo, que figura entre as maiores do planeta, o governo desestimula o empreendedorismo, compromete a geração de empregos e mina a confiança de quem investe no País. O resultado é um ambiente econômico instável, com perda de competitividade e fuga de capital para economias mais previsíveis e atrativas.
O G8 defende uma política tributária moderna, simplificada e justa, que reconheça o papel estratégico das empresas no crescimento nacional. É preciso criar condições para que o empreendedor produza mais, gere mais empregos e contribua para o desenvolvimento coletivo, sem ser penalizado por um Estado ineficiente e dispendioso. Quem produz e gera desenvolvimento não pode ser prejudicado por uma carga tributária tão elevada.
O futuro do Brasil exige equilíbrio, responsabilidade e visão de longo prazo. O aumento de impostos não é o caminho para a construção de uma nação justa e desenvolvida. O que o País precisa é de reformas estruturais que promovam eficiência, confiança e prosperidade.
Acic
Amic
Sindilojas
Sinduscon Paraná-Oeste
Sociedade Rural do Oeste
Subseção OAB
Sindicato Rural
SINDUSCON PR OESTE - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS